13.8.09

yalagi


ou mulheres que tem poder de enxergar...


cheguei da ufrn, e ao invés de descarregar as compras do carro...
entrei na internet procurando referências sobre fela kuti.
precisava ver, saber mais.
em poucos clics, descobri mais que um músico/ativista/homem...
descobri um blog, que desvirtuou minhas pesquisas...
encontrei um cineasta/jornalista/escritor/ativista/ homem...
o primeiro impacto, foi a página parecer projeção de filme antigo...
fiquei me perguntando, como se consegue fazer essas personalizações...
todo esse mundo tecnológico é mágica para mim, que sou tão analógica.
comecei lendo uma "crônica", sobre um diálogo presenciado ao pegar um ônibus...
me capturou... lembrei da "pseudo"crônica que escrevi sobre algo, digamos, do mesmo universo...
fiz um comentário, posto que meus dedos coçam para escrever.
(minha boca coça para falar e meu corpo todo coça prá viver... e sempre coço para fazer minhas digressões ao invés de continuar na linha do que estou escrevendo...)
continuei olhando e resolvi clicar na data mais recente.
era um sonho... e ao final uma frase tão linda, verdadeira e simples que o suspiro veio fácil e forte.
escrevi algo " engraçado" para o meu senso de humor...
se você tiver mais que 28 anos, mudo para brasília...
fui conferir se precisaria ou não me mudar para brasília...sou uma mulher de palavra.
respirei entre aliviada(ufa! não preciso me mudar!) e frustrada(poxa ele é complicado e perfeitinho!eu mudaria...)
no ínterim de buscar as compras, falar com uma amiga no msn e escrever aqui, criei um filme...
tudo de muito sentido em mim sempre vira filme...
(gostei disso... como a biblioteca do lucien em sandman, deve haver nos sonhos um cinema onde são exibidos os filmes que crio.)
e se a vida for cinema?
numa fração desse tempo-espaço sobreposto, entre o vivido e o imaginado, uma vida de encontro aconteceu...
me mudei para brasília,de lá fomos para o canadá
( sempre penso no canadá, quando faço cinema, nos filmes que invento...)
voltamos criamos uma estética para representar esse mundo contemporâneo, nossa obra cinematográfica marcou época.
amamos sempre em abundância...nossos filhos, cresceram felizes...
e fomos pessoas boas.
(mesmo não adaptadas)
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sai todo mundo do cinema querendo um amor assim como o nosso, com ganas de mudar padrões de comportamento insustentáveis, dispostos a enfrentar a liberdade da descoberta de ser quem se é.
cheios de coragem para enfrentar todo o medo que essa descoberta causa.
e assim afinal, fela kuti, consegue seu intento... trasformar gente em gente, na africa e em todo o mundo.
sem concessões, cada grupo humano vivendo de acordo com suas próprias necessidades, na máxima expressão do amor, a anarquia.

2 comentários:

Gustavo disse...

Nossa, nunca me senti tão elogiado.

ni disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

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as definições, as conceituações, me entram, como se diz, por um ouvido e saem pelo outro... sou.