11.12.11

eclipse oculto

o outro lado da lua
o outro lado
o outro
o

16.10.11

o sol também se levanta

em nove dias
recriarei inutilmente
um mundo de idéias?

12.10.11

depois de ver voce

solitude
coração pulsando
compassado e forte
frequencia ampla
nas ondas mentais
sinergia
memórias breves
lampejos de seu sorriso
um pouco do timbre da voz
lembrança visual do corpo
"sua boca é linda alguem já disse?"
depois de ver voce
poesia

28.9.11

o aspecto primitivo da mente

o que é um problema real?

soledad

ser estrangeiro é não ter tecla SAP.

a frase do camarada

" suponhamos que o homem é um homem e que sua relação com o mundo é humana.
então poderemos trocar amor por amor.
então poderemos simplesmente trocar confiança por comfiança"

permeabilidade

" a força de atração ou repulsão entre dois polos magnéticos não depende somente da intensidade dos polos e da distância entre eles. polos geralmente, estão submersos em um meio, como por exemplo, o ar, que pode de alguma maneira influenciar esta força"


eu canto na chuva

céu cantando
diz que nesse mundo enganador
paz não quer dizer amor...

paciência

o que se pode esperar depois da ação?

secular

93 vidas
93 anos
93 mortes

alice não tem mais cinco anos

enquanto o alce bebe água, o coração da mocinha que fala tranquila e elegantemente ao telefone sangra.
na espreita para pular na toca o coelho se posiciona para dentro da imagem.
enquanto isso as borboletas saem de cena...

27.9.11

milagre particular

ou A arte de ser degradável


(O coração bate forte, escrever me salva.)

Sentia por aqueles tempos que havia morrido e renascido.

Por tempos de renascimento se passam coisas maravilhosas, milagres acontecem.
Milagres sempre acontecem, basta se saber ver.
Aceitou o milagre de sentir o corpo degradávelmente vivo.
 Morrer é da vida e também renascer... 



"Atenção para o refrão: É preciso estar atento e forte... Não temos tempo de temer a morte"...

3.8.11

filme particular em universo amplo

quisera cada espelho
fosse um portal
que se abrisse ao que somos
quisera ver-nos agora

16.6.11

teimosia

quando digo vírgula
e vc ponto
pode até ser...
mas se eu digo ponto...é ponto.

começo

a história começa
com palavras e ações.

from now on

sempre tem sido
voce é voce e eu sou eu
de agora em diante
é eu sou eu
voce já não sei quem foi.

9.6.11

brava

para aquecer um coração
palavras de poeta incendiário.
águas dos olhos evaporam
fica sal de tanto mar.

incendiária

a condição de ser consciente
hoje me faz triste
o outro não existe?
a mim me basto?
seguir me acompanhando
é a alegria que escolho.
por livre e expontânea condição.
o fogo que aquece também incendeia.

6.6.11

transitoriedade

aceito
este silêncio
aceito este deus ausente
(aceito essa deusa presente)
esparramando em pedras
(esparramando flores e estrelas)
aceito
este tempo moroso
(aceito esse tempo fulgaz)
que exaspera monges
(que exaspera até aos mais superficiais)
este ritmo que esquarteja toda esperança
(este ritmo que implora o perdão)
aceito este tempo em que nada acontece
( aceito esse tempo em que tudo acontece)
aceito
ilha que sou
(aceito oceano que sou)
tesouros submersos
aceito toda espera
seus rumores
aceito emoções descarriladas
aceito arrancar minha roupa
expor meu sexo
minha dor involuntária
(minha alegria escolhida)
aceito compor em silêncio
uma sinfonia
interminável
aceito a perplexidade
de um caminhar vazio
(cheio de tudo)
tudo aceito
aceito
não entender tanta dor
(perdoar tanta dor)
aceito este corpo perecível
(aceito esse corpo eterno que se reproduz)
aceito as respostas que não entendo
(e as respostas que não tenho)
aceito
o inútil pão exposto
jamais devorado
(aceito todo desejo)
aceito
este meu olhar vazio
(aceito esse olhar devaneio)
o sonhar
(o agir)
aceito
aceito
aceito
por que não?
este doce e terrível sangrar
aceito
o louco carrossel insano
desgovernado
desobediente
que nos comanda
aceito
o amor
(aceito o amor e basta)
só isso me basta

5.5.11

ao longo dos séculos

o grau espiritual de uma pessoa só depende do que ela tem dentro do coração, no que eu chamo de foco intimo da intenção, o centro secreto de onde emanam as intenções que movem nossos atos na vida.


se voce quer aqui, algo absoluto, absolutamente aqui... não existirá!

20.4.11

malandragem dá um tempo

eu sou malandro
só prá ver como é que é.
porque malandro
tem que ter fé.
saber usar a cabeça e o pé...

19.4.11

o gato por dentro

o gato branco simboliza a lua prateada que se intromete nos cantos e purifica o céu para o dia seguinte.
o gato branc pela lua prateada.
o é "o limpador", ou "o animal que limpa", descrito pela palavra em sânscrito Margaras, que significa "o caçador que segue a trilha; o investigador; o rastreador ágil".
o gato branco é o caçador e o matador, e seu caminho é iluminado
todos os lugares e pessoas escondidos nas sombras são revelados sob essa luz suave inexorável.
você não consegue afastar seu gato branco porque seu gato branco é você.
não pode se esconder de seu gato branco, porque seu gato branco se esconde com você.

" nós gatos nascemos livres, mas gostamos de segurança e conforto"

14.4.11

clara [é] a noite

era escuridão
tão salpicada de estrelas
que era clara.

silêncio molecular

ouvem poesias
quando não dizem palavra.
apenas o silêncio das moléculas
deles vibrando.

trilha sonora

no hinário
da igreja dos prazeres e para além dos prazeres
se canta rita lee.

13.4.11

muviola

o sol brilha prá nós
e sabemos que um dia
tudo vai se acabar
e só vai ficar
o que a gente irradia...

deixar-se[ser]

naquele dia decidiu-se a ter todo o tempo e seguir pelo mundo.

10.4.11

mais do mesmo

a revolução restaura o soberano
e restaura a opressão.

matéria

as subjetividades
tem força de materialidade.

1.4.11

para além do princípio do prazer

-quando vai começar?
-não é assim tão simples. primeiro você tem de estar pronto.
- creio que estou.
- isso é uma brincadeira... você tem de brincar até não haver mais dúvida... e então o encontrará.
-tenho de preparar-me?
- não. só tem de brincar. pode desistir de tudo, depois de algum tempo. você se cança facilmente. brincar de viver exige um intento muito sério.


22.3.11

ao eco do nosso sangue

- ei, você tá contando diferente! não vale! alguem reclamou...
-esse é o jeito de minha mãe contar a história.
nisso uma criança que acabara de perder a mãe em circunstâncias trágicas, e que jamais havia mencionado a perda ou a dor, afirmou categoricamente:
-minha mãe morreu e virou um anjo que me protege.
- bobagem! disse um coleguinha impiedoso. - quem morre vira caveira e, depois, pó. foi meu pai quem disse!
a professora fechou o livro e, lenta e cuidadosamente, atraiu a menina para si:
- minha mãe diz que a gente morre, nasce de novo, morre nasce de novo, até aprender tudo que precisa. afirmou uma criança.
- meu pai tem cabelos brancos, será que ele vai morrer? perguntou outra.
- se ele morrer, depois fica pertinho de você só que invisível.
-não, tá errado! quem morre vira passarinho, depois coelho e cachorro.
-não é isso! quem morre vira alma e vive pra sempre nas nuvens.
todos expressaram suas hipóteses, até que uma perguntou:
-o que vc acha?
-eu acredito em tudo. a gente vira pó, vira alma, morre e nasce de novo.
alguem bateu na porta e a roda se dissipou e as crianças se levantaram satisfeitas em sua sabedoria infantil, sem necessidade de uma resposta para o mistério da vida e da morte.
..................................................................................................................

ao terminar de ler o pequeno registro que acabo de adaptar, chorei.
enquanto chorava o telefone tocou e meu amor noticiou a morte do filho de uma amiga nossa, dessas amigas que fazem parte da vida sem que nela esteja sempre. mas daquelas amigas que são energias que se entrelaçam na dança da vida, nas celebrações.
chorei sua dor.

enquanto isso, meu filho assistia um desenho em que duas menininhas visitavam a avó que completava 100 anos. de presente levaram uma fotografia em que o avô estava entre elas. a avó ficou emocionada. quando elas foram embora, a avó guardou cuidadosamente a fotografia no álbum da família e segundo o narrador da história " se preparou naquela noite para reencontrar seu marido"...
as menininhas aparecem na sequência com duas mudas de carvalho que irão plantar em homenagem aos avós falecidos.

penso na morte como o mistério da vida.
é preciso cultivar a atitude das crianças, de sentir o mistério sem querer respondê-lo. sei que muitos de nós, não foram ensinados assim... mas podemos aprender.

16.3.11

expontaneísmo libertário

ou a liga das coisas livres
diversão
compromisso
e honestidade


9.3.11

discernimento

do significado da palavra não sei exatamente.
a mim parace como saber de quem são os fantasmas...
cada susto sem graça, que se passa.

6.3.11

igual você

desaprendendo para viver em um mundo novo.

"quando as verdades são evidentes e contraditórias, você não pode nada, se não mudar a linguagem"

http://www.igualvoce.wordpress.com/

tom zé

tá pensando que nariz de porco é tomada?
tá pensando que beiço de jumento é (não lembro...)
rapadura é doce mas não é mole.
(ou não! e a rapadura batida?)

natal

um pequeno pedaço do paraíso [perdido].

chinfra

elvis não morreu.
ele é meu marido!

mexer no lugar

propor estagnações e movimentações.
(in) certo movimento de se plantar.

desprazer de viver

medo do desconhecido
covardia
egoismo
desespero
agonia

28.2.11

proposta

quando for passa lá na minha rede.

24.1.11

ni'zinga

vivendo e aprendendo a gingar...
nem sempre batendo.
nem sempre apanhando.
aprendendo a gingar.


" vivendo e aprendendo a jogar, vivendo e aprendendo a jogar. nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas, aprendendo a jogar...em casa de ferreiro que com ferro se fere é burro."

descoberta

a ignorância
é maravilhosa.
a sabedoria também.
a ignorância
é maravilhosa.
a consciência também.
e assim por diante...
ou malandro que é malandro
é honesto
só por malandragem.
e assim por diante.

então, isso é pouco?

a percepção deixou de ser o foco.
no foco está o devaneio.
sonhar consciente.
agir de acordo com todas as camadas.
( você sabe a resposta mamãe?)

19.1.11

down the wather

ou longo mergulho

existem limites em qualquer movimento.
praticar o folêgo é um deles.

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