29.8.09

origem do amor

queria lembrar o nome desse filme!
estava eu selecionando imagens para um painel de colagens que vou fazer
e eis que encontro no meio de meus recortes
uma página de revista(isto é 14/11/2001)
delírio visual e sonoro...
nem acreditei...
sem querer encontrei!
não lembro do filme em si
(sou da família da dori, tenho perda de memória recente!)
mas ficou a sequencia da animação sobre a "origem do amor"...
vale a pena ser visto!
o nome do filme é:
hedwig and the angry inch.

The Origin Of Love
A Origem do Amor

When the earth was still flat
Quando a Terra ainda era reta
And clouds made of fire
E nuvens feitas de fogo
And mountains stretched up to the sky
E montanhas iam até o céu
Sometimes higher
Às vezes além
Folks roamed the earth like big rolling kegs
Povos vagavam a Terra como grandes barris rolantes
They had two sets of arms
Eles tinham dois pares de braços
They had two sets of legs
Eles tinham dois pares de pernas
They had two faces peering
Eles tinham dois rostos saindo
Out of one giant head
de uma cabeça gigante
So they could watch all around them
Então eles podiam ver tudo envolta deles
As they talked; while they read
Como falavam; enquanto liam
And they never knew nothing of love
E eles não sabiam nada de amor
It was before the origin of love
Isso foi antes da origem do amor
The origin of love
A Origem do Amor

And there were three sexes then,
E eram três sexos então,
One that looked like two men
Um que parecia como dois homens
Glued up back to back
Grudados pelas costas
Called the children of the sun
Chamados de filhos do sol
And similiar in shape and girth
E em similar forma e cinturão
Were the children of the earth
Eram os filhos da Terra
They looked like two girls rolled up in one
Eles pareciam duas garotas enroladas em uma
And the children of the moon
E os filhos da lua
Were like a fork shoved on a spoon
Eram como um garfo impulsionado em uma colher
They were part sun, part earth, part daughter, part son
Eles eram parte Sol, parte Terra, parte filha, parte filho
The origin of love
A Origem do Amor

When the gods grew quite scared
Agora os deus ficaram um pouco assustados
Of our strength and defiance
Com nossa força e intimidação
And Thor said "I'm gonna kill them all with my hammer
E Thor disse "Eu vou matar todos com meu martelo
Like I killed the giants"
Como matei os gigantes"
But Zeus said "No
E Zeus disse "Não
You better let me use my lightning like scissors
É melhor deixar-me usar meus raios como tesouras
Like I cut the legs off the whales
Como cortei as pernas das baleias
And dinosaurs into lizards"
E dinossauros em lagartos"
Then he grabbed up some bolts
Então ele pegou alguns parafusos
And he let out a laugh
E deixou escapar uma risada
Said "I'll split them right down the middle
Disse "Eu os dividirei bem ao meio
Gonna cut them right up in half"
Vou cortá-los bem na metade"
And the storm clouds gathered above
E nuvens de tempestade se juntaram acima
And then fire shot down from the sky in bolts
E o fogo caiu do céu em bolas
Into great balls of fire
Em grandes bolas de fogo.
Like shining blades of a knife
Como lâminas lustradas de uma faca
And it ripped right through the flesh
E rasgaram direto pela carne
Of the children of the sun and the moon
Dos filhos do Sol e da Lua
And the earth
e da Terra


And some Indian god sewed the wound up
E algum deus hindu costurou o ferimento
Into a hole
Em um buraco
Pulled it 'round to our bellies
Colocou isso em nossas barrigas
To remind us the price we pay
Para lembrar do preço que pagamos
And Osiris and the gods of the Nile
E Osiris e os deuses do Nilo
Gathered up a big storm
Fizeram uma grande tempestade
To blow a hurricane
Para soprar um furação
To scatter us away
Para nos separar
Flod up in the rain
A sea of tidal waves
E um mar revolto
To wash us all away
Para nos levar para longe
And if we don't behave
E se não nos comportamos
They'll cut us down again
Vão nos cortar de novo
We'll be walking around on one foot
E iremos andar sobre um pé
And looking through one eye
E olhar por um olho

The last time I saw you
A última vez em que lhe vi
We had just split in two
Nós tinhamos acabado de nos separar
You were looking at me
Você estava olhando para mim
I was looking at you
E eu para você
You had a way so familiar
Você tinha um jeito tão familiar
But I could not recognize
Mas eu não pude reconhecer
'cause you had blood in your face
Porque tinha sangue em seu rosto
And I had blood in my eyes
E eu nos meus olhos
But I could swear by your expression
Mas poderia jurar pela sua expressão
That the pain down in your soul
Que a dor em sua alma
Was the same as the one down in mine
Era a mesma que a da minha
That's the pain
É a dor
That cuts a straight line down through the heart
Que corta uma linha pelo coração
We call it love
Nós chamamos de amor
So we wrapped our arms around each other
Então nos embrulhamos em nossos braços
Trying to shove ourselves back together
Tentando juntar nossas almas de volta
We were making love
Nós estávamos fazendo amor
Making love
Fazendo amor
It was a cold dark evening such a long time ago
Foi a fria e sombria noite há muito tempo atrás
When by the might hand of Jove
Quando pela força da mão de Zeus
It was a sad story how we became
Essa foi a triste história de como viramos
Lonely two-legged creatures
Solitárias criaturas bípedes
It's the story
É a história
The origin of love
A Origem do Amor
That's the origin of love.
Essa é a origem do amor



o início é assim...

no meio da arrumação senti um enorme desejo de uma brejinha!
sai para comprar numa birosca aqui perto.
quando tava saindo uma visinha estava namorando num banco no jardim do prédio...
pensei: ai que gostoso... namorar no banquinho, ficar só no desejo...
(sou safada assumida!)
andei mais uns metros e passo por outro casalzinho, desta feita grudados em pé como um poste só...
quando passo por eles ouço apenas a frase:
- é sexo anal é como uma fixação para ele...
penso com meus botões:
-nossa, que barra!
compro minha brejinha e na volta o papo já era outro:
num sei que ... se vc vir já sabe é o cara me mandando essas mensagens...
pensei:
ou... que lindo! dando explicações... como o amor é tolo!
e pensei como deve ser sentir isso...
dai cheguei em casa, resolvi começar a colagem e ai apareceu a "origem do amor"...

deve ser um delírio coletivo essa coisa do amor...
tava lendo e pensei "tudo acaba em amor ou medo"
as histórias mais mirabolantes acabam sempre em amor
(quando assisti matrix... era só o que pensava...
isso vai acabar em amor...)

" o amor é uma bela cagada...
não há nada melhor que a merda da pessoa amada!"

cena



as paredes da casa ganhavam outra cor.
se pensou personagem enquanto apagava o passado...
engraçado apagar memória assim!
dai veio a sensação que era só mais uma cena,
de sua história cinema.
aquele clima, só um filme pode ter...
imagem, trilha sonora, luz, cores, tudo bem editado.
pensou em escrever para continuar distraindo a verdade.
pararia um dia de enganar o coração?
mesmo assim, a sensação era de filme bom!
28/08/09

pergunta



- a gente, gosta!
- é que a gente gosta um pouco mais do que gostaria de gostar.
- dai já viu, né! dá um desgosto...
- mas, a gente gosta, gosta sim!

ciúmes



queria saber porque fela kuti ao sair da prisão separou-se de suas mulheres.
talvez elas não tenham sido fiéis...
os homens são assim...
um para todas e todas para si.

silêncio

ou o momento que algúem tentou se aproximar...

“Mas escute/ Eu que vim do nada/ Não tenho encantos, nem correntes/ Só tenho um sonho que é só meu/ E duas palavras para dizer neste instante: ME AGÜENTE!”.

tenho ouvido o silêncio,
ainda não o aprendi...
falo demais sobre o que sinto e penso.
a repetição me cansa.
somos uma variação sobre o mesmo tema...
preciso aprender: encontros são movimentos.
se você está parado e vem alguém em sua direção,
a reação é temer.
quero encontrar gente sem medo.
gente que ame a surpresa e fique.

25.8.09

jogo

participarão do jogo artistas de modo geral, preferêncialmente muito criativos.
o jogo terá várias etapas:

deverão assistir toda a filmografia do diretor de cinema e artista visual david lynch, ininterrupitamente. serão desclassificados dessa fase quem não conseguir acompanhar.
haverá paradas estratégicas para alimentação e higiêne, afinal, é um jogo não tortura.


quem for classificado para a segunda etapa deverá criar um roteiro de filme coletivo.
não havendo nenhuma restrição quanto ao formato. o critério será a participação, a criatividade e coerência.


quem conseguir chegar nessa fase, ficará encarregado de filmar.


ganham os jogadores que se encaixarem no projeto do ponto de vista técnico, profissional e criativo.

*em cada versão anual do jogo um diretor de cinema.

receita

escolha a substância ( lícita ou ilícita) só depende de você.
pode ser qualquer coisa que potencialize sua percepção...
oxigênio, chocolate, um chá de capim cidreira bem forte.
o que tiver à mão.
a receita funciona e faz sucesso pela sua simlplicidade.
faça uso da substância da maneira mais apropriada para sua ingestão.
quando os efeitos começarem a se apresentar,bem vários fatores influênciam nessa parte, use seu bom senso...uma dica é a sensação de bem estar...
comece então a pintar...
qualquer técnica, superfície suporte e tema.

essa receita é normalmente usada para produzir muito prazer individualmente, se tiver convidados poderá haver variação das substâncias, formas de ingestão e a pintura pode ser realizada coletivamente.

apreciem!

grilada

às vezes fico grilada
quando estou "ampliada".
sinto tanto amor,
que danado é isso!
parece até que tem mais nada prá sentir.
quando eu morrer vão dizer:
- ó lá! aquela doida que vivia falando de amor...
- será que morreu de quê?
- ouvi um comentário que de amores...
- é, vai saber!
- rsrsrsrsrrsrsr

flores na janela

a pontinha de felicidade beliscou seu coração.
deu aquele friozinho no estômago.
era a primavera chegando.
seu sorriso era intenso,
como penso ser possível apenas na primeira infância,
onde tudo no mundo é sentido.
haviam flores na janela...
só ela via.

24.8.09

dificuldade

ela sabia exatamente o que fazer.
restava saber por onde começar.
as dificuldades em que se envolveu, bem...
ELA deixou-se envolver.
não haviam culpados, apenas responsáveis.
ela certamente, era uma das principais responsáveis por tudo isso.
era um tipo romântico, que deposita sua fé em outras pessoas.
seu coração se transformava num lugar seguro.
grande paradoxo nos dias de hoje.
pessoas demais nesse vasto mundo estavam perdidas e seus corações não eram seguros. ela sentia seu coração, um lugar seguro para si mesma.
demorou muito para sentir isso, por sua natureza, a segurança deveria vir de fora.
essa certeza a deixava consternada. relutou bastante até aceitar o fato.
seguiria sozinha, calada, forte.
sorrindo largo e faiscando olhos.
decidiu que sua casa seria o reflexo de seu coração.
saiu e foi comprar tintas, tomaria as providências necessárias para resolver a dificuldade de aceitar sua própria segurança.
sua casa se tornou aconchegante e segura como seu coração.

23.8.09

momento

não existe impedimento.
ninguém me segue.
tenho companheiros de viajem que caminham
pelo prazer da companhia...
passo sozinha pelo caminho de mim.
chegando no outro lado haverá algúém...
aquele que conseguiu passar sozinho pelo caminho de si.
então seremos nós... sozinhos e acompanhados.

narcisa



vezes sem fim leio meus próprios escritos.
sou uma fonte de prazer.
será que tudo não passa de vaidade e vento que passa?
perguntas...passam por minha cabeça e escrevo.
é vicio, ofício, não me larga.
sinto pulsão pela expressão.
depois de solta, tem como aprisionar essa fera selvagem?
sinto fome de criação.
devorar-me-ei.

sono

estava decidida, iria ter com o senhor dos sonhos.
sempre se orgulhara da capacidade de dormir bem, independente de qualquer situação, sentimento ou barulho.
pouco se movimentava, acordava satisfeita com seus sonhos.
iria ter com "ele"...
saber de fato o que estava havendo.
começara a dormir mal, demorava, resistia ao sono.
e quando dormia não sonhava mais.
isso, era o que mais lhe incomodava. sonhos, sempre foram sua morada.
não lembrava de ter comido algo durante nenhum sonho, nem de ter trocado favores com algum demônio. ela sabia das regras.
em seu pescoço, mantinha pendurado o cristal que a protegia.
aventou a possibilidade de ser mais um sonho. mas estava escrevendo, ouvia sons conhecidos de seu apartamento (o mensageiro dos ventos era um deles...)
deu por falta de seus gatos, fiona e teobaldo. por onde andariam?
foi nesse momento que uma súbita vertigem lhe ocorreu...
abriu os olhos, olhou ao redor. não haviam mais gatos. não havia outro corpo na cama para se enroscar feito gata e ronronar.
um leve sorriso surgiu em sua boca. fechou os olhos satisfeita.
esteve sonhando.

22.8.09

sereia

ela demora e reluta em sair da casa, naquele dia de céu azul e vento frio que como uma lingua gelada, lambe as partes expostas do seu corpo.
saiu de casa para pegar de volta suas jóias.
não eram caras, mas preciosas.
um anel,presente de uma amiga de infância para sua mãe,que acabou em seu dedo, porque se engraçou dele um dia, e a mãe generosa deixou que ela usasse. nunca mais devolveu.em suas memórias,foi um presente que sua mãe lhe deu.
a pulseira de prata, que fazia parte de um conjunto de três pulseiras, ela mesma havia comprado há alguns anos atrás.
investida de poder, jóias deixam mulheres mais poderosas,ela decide ir à praia.
o mar estava violento e as ondas fortes.
como uma criança, ela brincou com a força do elemento água.
havia muita energia, como se as ondas estivessem em sintonia com seus sentimentos.
era fim de tarde, a praia estava deserta.
esse fato, reforçou seu sentimento de integração com a natureza.
sentia-se como um animal, integrada na paisagem marinha.
a conciência dessa representação, aumentou sua entrega àquele momento impar.
foi adentrando cada vez mais ao mar. sentiu que suas pernas mudavam de forma.
conseguia mergulhar cada vez mais fundo e por mais tempo.
brincando assim, se completou a transformação.
nunca mais foi vista.

what?


NowThatWeFoundLoveWhatAreWeGonnaDoWithIt?

seu amor

não tinha medo de se entregar totalmente ao amor.
poderia até parecer frágil, vulnerável, sensível demais...
mas ele não tinha medo.

" o seu amor
ame-o e deixe-o
livre para amar
o seu amor
ame-o e deixe-o
ir aonde quiser
o seu amor
ame-o e deixe-o brincar
ame-o e deixe-o correr
ame-o e deixe-o cansar
ame-o e deixe-o dormir em paz
o seu amor
ame-o e deixe-o
ser o que ele é"

visitando os "doces bárbaros" gilberto gil e roberto freire

cem anos de solidão

" assim, continuaram vivendo numa realidade escorregadia,
momentâneamente capturada pelas palavras,
mas que haveria de fugir sem remédio
quando esquecessem os valores da letra escrita"

conhecimento

me conta algo de você.
algo que você imagina
que eu não entenderia.
quero o cotidiano
para descobrir seu jeito.
conta vai.
algo que não se diz...

21.8.09

malandragem



malandro é malandro mesmo...
de malandragem!
e o otário, ele é otário mesmo!
malandro tem cabeça feita.
malandro sabe o que quer.
malandro é honesto só por malandragem...

o importante é manter a cabeça erguida,
prá cicatrizar a ferida e levantar a moral.

o importante é "manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo"...
ou por malandragem, subverter
e manter a mente agitada, a espinha em movimento e o coração inquieto!

manoel de barros

ou muita pretenção...

escolheu falar de si através da infância, do brinquedo, do ambiente.
falou de si, por estilo literário.
no fundo cada qual elege um tema para falar de si mesmo.

no ônibus

ou anotações de um bloco de notas

no dia mundial do carro em casa...
cada pessoa do ônibus tem seu pensamento explicitado.
- a alienada - a ecológica - a metida

manjericão



" o silêncio faz tudo crescer"

O manjericão, cujo nome científico é Ocimum Basilicum, é uma planta herbácea de ciclo perene que alcança até 60 cm de altura.
Seu caule é quadrangular, ereto e pubescente, finamente estriado.
Suas flores são hermafroditas, agrupadas em inflorescências do tipo espiga, que se reúnem num fascículo circular em número de seis, pequenas, aromáticas e esbranquiçadas.
Seu fruto é do tipo aquênio (como uma pequena noz), com sementes de coloração preto-azulada.
Seu aroma é doce e pungente e seu sabor é balsâmico e levemente amargo.
Suas folhas são ricas em vitamina A e C, além de terem vitaminas B (1, 2 e 3) e serem uma fonte de minerais (cálcio, fósforo e ferro); são sudoríferas e diuréticas.

Os componentes químicos do Manjericão são: fenilpropano, metilcavicol e linalol.
Por isso suas propriedades medicinais são: antidepressiva, anti-séptica, anti-espamódica, expectorante, digestiva e tônica, pois atua no sistema nervoso central.

Na medicina popular, o chá das folhas do manjericão é utilizado para aliviar as dores de garganta (gargarejo); em bochechos, ajuda a cicatrizar aftas.
Este chá atua ainda contra tosses, gripes, resfriados e crises de bronquite e é excelente para combater a insônia.
Do óleo canforado obtém-se uma tintura que pode ser aplicada numa compressa sobre ferimentos de difícil cicatrização, ou em massagens sobre as têmporas, para aliviar as dores de cabeça, pois é sedativo suave.

O manjericão ajuda a combater gastrites e tem ação sobre o aparelho urinário, reduzindo o ardor ao urinar e estimulando os rins. É ótimo para cistite.
Auxilia na boa circulação, pele e dores reumáticas.
Afasta a fadiga. Para os convalescentes, um suco de manjericão é o máximo: simplesmente bata algumas folhas de manjericão no liqüidificador com água.
É muito saboroso. Na culinária, coloque-o sempre por último nos alimentos cozidos para que ele não perca os seus princípios ativos.
O escalda-pés de Manjericão é ótimo para quem está agressivo, com raiva e prestes a explodir. Tira a raiva na hora.
é indicado para aqueles que, sobrecarregados pelas responsabilidades ou pelo estresse, sentem-se temporariamente sem forças e esgotados.
Atua sobre as dores de origem nervosa, dificuldades sexuais e psicopatologias, sempre que estejam relacionadas à sensação momentânea de incapacidade ou inadequação.

Em todas as situações em que a personalidade tem dificuldade de expressar as próprias idéias, em que há confusão mental, Basilicum será um clareador e um ordenador dos pensamentos.
A essência desperta na mente pensamentos positivos de adequação e de harmonia.
É ótima para os desorganizados e indisciplinados.
Ajuda-nos a ver o brilho e o perfume da vida.
Quem precisa de Manjericão pode estar necessitando de sua energia determinante para ajudá-lo a recuperar o desejo de mostrar o próprio valor.
Por isso, é indicado para as pessoas que sentem falta de autoconfiança e sofrem de um sentimento permanente de não serem boas o suficiente, pois têm inexplicáveis sentimentos de culpa.
Em geral, essas pessoas buscam o reconhecimento, mas, ao mesmo tempo, são incapazes de “suportar o peso” do sucesso e do aplauso e por isso, acabam sempre pondo à prova o próprio medo de fracassar.

o manjericão nunca fica doente e floresce até morrer...
dois pés de manjericão já morreram aqui em casa, deles apenas um floresceu...
eu não sabia de tudo isso...

arquitetura orgânica

Penso na cidade como um corpo humano.
Nada de novo em meu pensamento, apenas a inquietante sensação de que esse corpo/cidade é mutilado, pensado arquitetonicamente para ser coxo, manco, desequilibrado.Sim, existem zonas erógenas, em todo esse habitat degradante.
Atualmente, palavra evasiva para falar de no mínimo dois séculos, muitas cidades/sociedades acreditam que sua prosperidade está ligada ao nível de consumo ao qual devem ter acesso e na manutenção de uma economia baseada no fetiche do crescimento da economia capitalista.
Ainda não se descobriu como diminuir a velocidade da rodopiante sociedade de consumo, mantida as custas de muito desperdício,não só de materiais como de vidas.
De quem são as cidades?
Dos arquitetos que a planejam. Das grandes construtoras que os contratam, para projetar gaiolas de prender gente?
Dos publicitários que vendem a idéia de que você está comprando o sonho de morar bem? Perguntas evasivas, de pouca e fraca retórica.
a organicidade não é levada em conta.
Não existe razão tecnológica para o edifício opressor.
Já imaginaram a mudança comportamental provocada em nossa sociedade por morar amplo, integrado, saudável acústica e térmicamente falando.
Seria isso uma fantasia?
Somos o corpo social da cidade. Andemos por suas áreas erógenas, tomemos gosto pela liberdade, que só uma caminhada com nosso próprio esforço motor pode propiciar.
Vamos criar bens artísticos duráveis ou voláteis, mas que nos façam amar a cidade, como se ama outro corpo.
Carecemos de reavaliar nosso modelo de “desenvolvimento”, carecemos de reavaliar nossos “modelos”.
Imagine-se morando numa simples e elegante casa/apartamento, projetada com amplitude.
Consegue dimensionar o prazer?
Experimente com dedicação e capricho modificar sua relação com o espaço projetado por "álguem" no qual você vive...

A arte nos mostra que somos todos capazes de fazer e pensar a cidade...

segredo

"certo rei, grande e poderoso, perguntou uma vez a um poeta:
o que posso te dar, de tudo que possuo?
ele, sabiamente, respondeu:
tudo, senhor, menos vosso segredo."
plutarco

ninguem nunca explicou porque era diferente.
já passou muito tempo. continua sendo diferente, cada vez mais.
mas, no fundo, nada mudou.
os enigmas, os mistérios, permanecem.

"resolvei por quebrados
ou bem por regra de três:
twedle-dum não será nunca
twedle-dee: já o vereis.

dai voltas ao problema,
retorcendo sem parar:
o caminho de pilly-winky
não é onde winkie-pop vai passar."
rudyard kipling

de todas as histórias, essa sem dúvida é a verdadeira...
começa outro ciclo. o pior já passou. o que pode ser pior que morrer?
renascer talvez.
mas, lembre-se: para viver é preciso morrer.
as aventuras monótonas e tristes do mundo...

sobre a alice

" chico bam e chico bum
decidiram bater-se em duelo
pois chico bam disse que chico bum
tinha quebrado de fato
sua linda sanfona nova.
desceu, então, voando.
um horrendo corvo, mais negro
que um inteiro barril de alcatrão;
e tanto se assustaram nossos heróis
que se esqueceram de todas suas brigas"

cansada de um mundo tão ordenado e formal
(na superfície)
ela segue o animalzinho ágil,
(seu instinto)
até aquele bosque.
(o inconsciente coletivo)
despenca pelo oco de uma enorme árvore
(arqúétipo do Ser)
chega perplexa ao seu mundo maravilhoso.
(o inconsciente)

sabe, posso chegar lá
sem que o animalzinho apareça.
gente como eu pode fazer isso.


a voz desse texto é enigmática e um pouco assustadora,
dando o tom do mistério... como?
quase como uma ameaça...
(gargalhada sinistra...)

20.8.09

bem




-você sente um prazer secreto por ter esses discos?
ele sorri pensativo...
-sabe como um fetiche... um prazer secreto que te faz ser diferente?
- de certa forma...
- eu sinto isso com meus livros.
ele pensa...
eles sorriem, a madrugada termina ao som de boa música.
se despedem com um abraço camarada e afetivo.

o escafandro e a borboleta

ela pensou sobre o amor.
seria posível? no lugar só haviam palavras.
ela mesma falava palavras fechadas, dobradas sobre seu tempo.
era assim que sua audácia a fazia sentir.
cada palavra sua vinha tão carregada de sentido, e ao mesmo tempo era tão hermética, sem a intenção de ser compreendida.
no meio de uma sociedade bestial, da fome, miséria democrática, crises, desastres naturais e todo tipo de indignidade, tudo que importava era encontrar pares de olhos que respirassem toda liberdade que alguém pudesse ter e sentir o aconchego do calor que emana outro corpo.
não sente mais tristeza pela solidão,continua muito emotiva e chora ao ler palavras escritas por um amor que bem poderia ser seu.
há tantas coisas que ela não sabe. sua alegria é intensa por ainda existir muito que descobrir nesse vasto mundo.
depois do choro, sorri e respira profundamente sentindo-se borboleta.
decide então aumentar a profundidade do mergulho.
o que falta em ar se transforma em vastidão de tanto mar.
voa enfim...

18.8.09

encontros


um dia simpático e feliz
muito encontro
com a simplicidade
"e verdade sem mentira
certo, muito verdadeira"
jorge ben na vitrola,
que maravilha...
encontrar "a tábua de esmeralda".
me sinto no passado,
estando bem presente.
ouço o vinil
sentindo que os dias
serão mais aconchegantes.
haverá todo clima
de amor e a harmonia.
eu sinto no ar...
me inspi[r]o.

despedida


ou a carta que não aconteceu


"É errado, portanto, censurar um romance que é fascinante por suas misteriosas coincidências (...) mas é certo censurar o homem que é cego a essas coincidências em sua vida diária. Pois sendo assim, ele priva sua vida de uma nova dimensão de beleza"

(A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera)

nada dará conta de descrever seus sentimentos e percepções.
ela mentia para si mesma.

“Perdoe-me, amor, mas se afaste de mim...
Meu querer não se finda e isso acaba com nossa rima!”

ela toda se transformou em olhar...
como se todo seu corpo se expandisse num só movimento...
fez mil poesias, pensou possibilidades bonitas...
os viu felizes, sabendo lidar com seus bloqueios.
tão libertador, não temer o encontro...
sentiu-se entregue... sem saber o que fazer com tanto amor.
- quer ser feliz comigo?

ao perguntar se libertou da vergonha e do sentimento de rejeição...
então que a redenção aconteceu...
se libertou desse medo tamanho de amar.
foi inundada... vibrou... feliz, sentiu apetite pela vida...

“...tudo que era dor e medo se foi...”
voltou a viver e assim termina o começo do que há por vir...

" o amor é um brilho de lua no espelho d'água de algum lugar.
existe mesmo que ninguem esteja lá."

08/08/2009

(um parênteses)

quem é cego, e não aprende a ler em braile,
fica se debatendo na própria sombra...

perde-se para sempre na escuridão de suas dores...

existe um desequilíbrio constante entre pessoas que se dão em demasia
e outras que vivem em função das suas próprias necessidades.

são as armadilhas... que cativam de maneira tão intensa, mesmo sabendo-se da queda entrega-se...

tantos renascimentos levam além do aquém...
não desejar mais nada... ser quem bem se é...
lembrando-se que irremediavelmente tudo que fazemos se volta para nós mesmos...

brincar de deuses, dar vida, significa crescimento e responsabilidade...
é preciso avaliar o quanto realmente correspondemos ao mais profundo que desejamos...

nada dará conta de descrever meus sentimentos e percepções.
consegui colocar claramente em palavras e sentimentos minha libertação.
sou uma pessoa que fala a verdade para si mesma.
meus olhos buscaram novamente e ao me encontrar, eu toda me transformei em olhar... foi como se todo meu corpo se expandisse num só movimento...
foi lindo sentir...que aqui estou eu, entregue...
e o que é melhor, sabendo o que fazer com tanto amor.

17.8.09

ruminante






carreguei meu filho na "bandoleira", por trajetos que, pelo esforço físico me fizeram sentir: uma vaca, uma mulher e uma deusa.
não necessáriamente nessa ordem...
experimentei esse prazer ruminante, ao carregar meu filho na "bandoleira azul"...
andei, como uma deusa desfrutando seu passeio pela terra, carregando em sua anca um fruto sagrado.
sentir todo o movimento e o esforço necessário para o deslocamento, me deixou assim reflexiva.
sabe, como é? saber que você carrega uma carga, mas sentir que basta manter o passo firme, que vai chegar ao seu destino... a existência deve ser carregada dessa dignidade... a estética do movimento é muito importante. manter a postura. andar elegante.
assim me senti vaca... ruminando sobre o destino...
interessante que a vida fosse uma certeza que se vai chegar em casa, basta manter o passo firme.
é um sentimento de resignação abnegada.puro paradoxo.
é entrega ao limite, posto que toda carga é uma CARGA!sejam flores ou pedras.
e assim fui andando, como mulher que cresce a cada dia.
numa sociedade que ainda ensina a mentira "prá boi dormir" que somos nós que parimos que temos que carregar... cuidar...nutrir... sermos fortes e comprometidas.

16.8.09

leitura

o tempo parou para eu ler seus contos.
o tempo sempre para ou se alonga para esse prazer.
se me perguntassem o que gostaria de ser profissionalmente, responderia sem pestanejar: leitora!
ganharia muito dinheiro, para fruir.
vejam, não falo de ser crítica literária ou algo que o valha...
falo de ler.
falo de fruição.
dias e dias durante a vida absorta em palavras,imagens e sons.
sim, não leria apenas livros...
filmes, arte em geral, teatro, dança, circo e música...
enfim, minha vida seria atribuladíssima...
tudo que meu feeling, me indicasse.
nada de obrigatoriedades, sempre descobertas.
bem tudo isso é apenas digressão...
queria escrever assim:
o tempo parou para eu ler seus contos.
minha cabeça lateja.
como não bastasse as palavras soltas ao meu redor,
ainda as suas presas nesse espaço virtual.
minha cabeça, lateja.
deve ser meu coração...
ou será que foi a vodka?
dúvida cruel.

cinema

ela ficou até o final dos créditos...
é um prazer secreto seu.
uma homenagem discreta às pessoas que realizam um filme.
quando se deu conta, havia mais alguém na sala...
trocaram um subto olhar de surpresa.
saindo passou por ele e disse com uma voz suave e meio maliciosa:
-você deve ser um tarado!
ele, sorriu como um tarado.
ficaram esperando pela próxima sessão.

visitando "o filme favorito de Pedro Juan" cineasta81

15.8.09

dúvida

Olho de minha janela e vejo certezas...
A morte do amor uma delas...
Duvido...
Quem tem certezas?
Quero ao menos uma para cada dia da semana.
Todo finito vislumbrar de uma certeza me é cara.
Pago bem.
Quem tem?

menina



a menina combina um espírito prático e realista, desenganado.
conserva da infância um sentimento de fuga da realidade meio utópico e furioso.
não é bastante forte para se libertar, nem suficiente dócil para submeter-se.
se escreviza demais a tudo que ama.
nada restitui da infância de perdido ou frustrado, apenas se diverte.
ela gosta mais de descobrir do que de aprender.
não há motivos para suas afeições, apenas identidade de temperamentos.
teve a infância roubada por um pai arbitrário e vulgar(autoritário e infeliz).
é como um botão de flor. se abre e fenece à exposição de tanta luz.
a menina brinca de tudo... até de viver.

visitando CDA, no conto "meu companheiro"

menino



havia nele aquele interesse inútil da infância.
todo o amor que não conseguia sentir, o escravizava.
nada exercia nele o poder de recuperar a prática de gestos, que sua condição adulta não fazia comportar.
sua infância não foi normal, e sobraram vontades de menino que foram abafadas pela mãe severa e infeliz.
vive abafado como um botão de flor fechado que não se abrirá e por fim apodrecerá.
o menino brinca de tudo...
menos de viver.

13.8.09

griffin e sabine

sabe quando algo inusitado, é tão surpreendente e você sente que um rio secreto e caudaloso de sangue corre por dentro?
foi o susto que ela teve ao ler sua pergunta tão direta ...
algo de mágico aconteceu...
ele era capaz de lhe ver escrevendo.
isso só pode acontecer em ficção, foi o que pensou...
mas seu coração sabia, que naquele breve momento ele pôde ver.

dos livros:

*griffin e sabine
*agenda de sabine
*o caminho do meio

nick bantock realiza excelentes ilustrações, para os cartões postais e cartas que são manuseadas por quem lê...trata-se de correspondências trocadas entre duas pessoas, que não se conhecem, mas uma delas consegue ver os desenhos que a outra faz...dai, para uma jornada de herói e uma bela história de amor é um pulo.
vale a pena serem lidos, abertos e tocados...

yalagi


ou mulheres que tem poder de enxergar...


cheguei da ufrn, e ao invés de descarregar as compras do carro...
entrei na internet procurando referências sobre fela kuti.
precisava ver, saber mais.
em poucos clics, descobri mais que um músico/ativista/homem...
descobri um blog, que desvirtuou minhas pesquisas...
encontrei um cineasta/jornalista/escritor/ativista/ homem...
o primeiro impacto, foi a página parecer projeção de filme antigo...
fiquei me perguntando, como se consegue fazer essas personalizações...
todo esse mundo tecnológico é mágica para mim, que sou tão analógica.
comecei lendo uma "crônica", sobre um diálogo presenciado ao pegar um ônibus...
me capturou... lembrei da "pseudo"crônica que escrevi sobre algo, digamos, do mesmo universo...
fiz um comentário, posto que meus dedos coçam para escrever.
(minha boca coça para falar e meu corpo todo coça prá viver... e sempre coço para fazer minhas digressões ao invés de continuar na linha do que estou escrevendo...)
continuei olhando e resolvi clicar na data mais recente.
era um sonho... e ao final uma frase tão linda, verdadeira e simples que o suspiro veio fácil e forte.
escrevi algo " engraçado" para o meu senso de humor...
se você tiver mais que 28 anos, mudo para brasília...
fui conferir se precisaria ou não me mudar para brasília...sou uma mulher de palavra.
respirei entre aliviada(ufa! não preciso me mudar!) e frustrada(poxa ele é complicado e perfeitinho!eu mudaria...)
no ínterim de buscar as compras, falar com uma amiga no msn e escrever aqui, criei um filme...
tudo de muito sentido em mim sempre vira filme...
(gostei disso... como a biblioteca do lucien em sandman, deve haver nos sonhos um cinema onde são exibidos os filmes que crio.)
e se a vida for cinema?
numa fração desse tempo-espaço sobreposto, entre o vivido e o imaginado, uma vida de encontro aconteceu...
me mudei para brasília,de lá fomos para o canadá
( sempre penso no canadá, quando faço cinema, nos filmes que invento...)
voltamos criamos uma estética para representar esse mundo contemporâneo, nossa obra cinematográfica marcou época.
amamos sempre em abundância...nossos filhos, cresceram felizes...
e fomos pessoas boas.
(mesmo não adaptadas)
............................................................................

sai todo mundo do cinema querendo um amor assim como o nosso, com ganas de mudar padrões de comportamento insustentáveis, dispostos a enfrentar a liberdade da descoberta de ser quem se é.
cheios de coragem para enfrentar todo o medo que essa descoberta causa.
e assim afinal, fela kuti, consegue seu intento... trasformar gente em gente, na africa e em todo o mundo.
sem concessões, cada grupo humano vivendo de acordo com suas próprias necessidades, na máxima expressão do amor, a anarquia.

11.8.09

vai saber

o amor é um mágico
do circo humano,
nos encanta com seu truque de espelhos...
tava ali e já se foi...
puf... virou fumaça...
e aparece dentro de você novamente.

não é dizer que determinei,
coisa que só o amor pode saber...
o que sinto é que ele muda de lugar,
num coração bem nutrido de verdade e coragem,

é disso que sei...

9.8.09

ame [r]



ame, até parir uma pérola, aí dentro...

lambe, rua chile, mostra de zines, lado[r]

se alguém perguntar...

...por mim diz que eu fui por ai..."

...como " um transeunte sem nome,
uma figura solitária numa esquina,
uma pessoa passando apresadamente.
poderia ser qualquer um.
alguém chegando, partindo,
vivendo em nossa sociedade anônima.
um elemento na multidão,
um entre a maioria silenciosa.
aquele dentro de nós que grita, canta e sonha"...

pois "tudo que era dor e medo se foi"...

6.8.09

david lynch

ou coração selvagem...
amor, estrada e violência...
musicas de elvis presley...
uma estética bizarra.
muitas referencias e apenas uma certeza...
" é um estranho mundo"...
assistir, é vivenciar uma experiência sensorial inquietante.

agosto

tarde dessas sair pelas ruas,
nua...
causar estranhamento.
pupilas dilatadas,
sorriso enigmático nos lábios...
em transe, desligada das coisas que povoam
este mundo ilusório que criamos.
enlouquecida, tropeçar na sanidade...
entrar em contato com livros,lugares e toda arte...
milhares de imagens
circulando na mente...
como um turbilhão...
tarde dessas, desabar como chuva...

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