27.2.10

palavra

coragem de não calar e ousar agir,
sobre a coragem de ter liberdade
e
 sobre a coragem de não tê-la.
tenho a possibilidade de divagar sobre todas as coisas,
pois sou as palavras que digo.

25.2.10

apropriadamente II


 quero tecer comentários...
analisar...
faço minhas,
minhas próprias
palavras... me cito.
e tenho dito!

24.2.10

revolução

ou escuta zé ninguém


aprendi a reconhecer o fato de que é tua doença emocional que te destrói,
minuto a minuto, e não qualquer poder exterior.
há muito que terias suprimido os tiranos se estivesses vivo e sadio no teu intimo.
w. reich

23.2.10

sede

muito mais
ela

o meu receio você desfaz
me satisfaz o seu recheio
outros anseios você me traz
seu portentoso membro

eu ajoelho e rezo o credo
e creio e gozo e creio
me trate sem nenhum respeito
menino vai com jeito
senão um dia
com efeito
 a nossa cama cai
a vida sempre nos convida a querer muito mais 

muito mais ainda

ele

vejo voce dançando na chuva

com a alma nua e a mente com sede

procurando no mato dos meus sonhos

o doce orvalho que sai de uma flor delicada


e na lagoa escura chamada desejo

lavo-me e banho-me sobre as estrelas brilhantes

lagoa lagoa, é o seu amor

que eu estou procurando desde sempre

lagoa lagoa, eu me rendo

quero me plantar na tua essência

puro impulso

se você me amasse
narciso
por impreciso que fosse
voilá
eu amassaria estabanada
seu reflexo de papel
mascaria o chiclete da sua boca
cheia de clichês
e até me envenenaria
com seu sêmen
pra todo sempre
amém

aos


...que não enlouquecem
quando enlouqueço
não me confino
me solto
isso parece óbvio
mas felizmente
só para os que não enlouquecem

quando enlouqueço
verbalizo em legendas
viro personagem de quadrinhos
me recrio
vingo-me da avareza do criador

quando enlouqueço
compro tudo e não pago nada
chamo apenas pelo direito ao
que me foi negado

quando enlouqueço
não me preparo
deixo tudo ao sabor das acontecências
prá nunca ter que me perguntar
por que enlouqueço


"badulaques bombons stars afins certas canções incertas"



+ amor

ou a utopia de amar em liberdade

suas asas estão precisando de pouso...
ruflam de par em par.
melhor dentro de uma gaiola
sonhar com o mundo todo lá fora?
 chega a sentir que é livre...
mais uma ilusão carente de sentido?
suas perguntas se desfazem,
pois a vida sempre convida a querer muito mais...
que apenas respostas.


20.2.10

balance

o equilíbrio?
esse foi
reestabelecido!

18.2.10

música



hoje sou eu que tô assim...

daquele jeito que vc fica...

hoje, é vc que fica assim...

 daquele jeito que eu tô...

nós humanos

não creio em dicotomias.
corpo e alma
bem e mal...
divino e profano...
sexo e amor...
tá tudo no corpo...
tá tudo na cara...
tá tudo aqui... agora.
tudo isso prá mim é sinônimo da consciência sublime de existir, ser única e só.
o mais que isso, é "matrix".



17.2.10

menos carnaval

ilha de mim
rodeada por gente e alegria.
quem diria...


"por que será que estou sempre dando festas prá você dentro de mim?"

mansão dos anjos

ou rede embaixo do jambeiro

bonito conhecer gente que passa junto pelo tempo
 e com certa autonomia, se acompanha.
nesse dia com clima de outro lugar,
sinto vontade de chorar,
melancólica pelo nunca vivido...
 esperançosa por um dia...
o dia de hoje.


"freelove- depeche mode"


15.2.10

a viagem

ou abrindo-se ao novo

mensagem, carta do tarô, i-ching...
tudo me diz que fundamental é saltar do abismo e confiar que as asas nos conduzirão aonde devemos ir...
deixemos as malas livres de bagagens que não servem mais e sigamos vivendo.


"Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme

de medo.

Olha para trás, para toda a jornada,os cumes, as montanhas,

o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos

povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar

nele nada mais é do que desaparecer para sempre.

Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar.

Ninguém pode voltar.Voltar é impossível na existência. Você

pode apenas ir em frente.

O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.

E somente quando ele entra no oceano é que o medo

desaparece.

Porque apenas então o rio saberá que não se trata de

desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.

Por um lado é desaparecimento e por outro lado é

renascimento.

Assim somos nós.

Só podemos ir em frente e arriscar.

Coragem !! Avance firme e torne-se Oceano!!!"

14.2.10

efeito sem causa

não deveria, mas o filme ele disse, tinha a cara dela...
e ainda ofertou com amor...
e ainda dormiu enquanto ela assistia...
o maior defeito é ser perfeitinho...
não resistiu.
parou de ver o filme e foi assistí-lo dormir.



 

12.2.10

respiração

esqueço quase um tudo...
só não esqueço meu corpo.
esse abrigo ou escudo.
respiro fundo...
e não me iludo.

suruba

sabe como imagino o mundo?
todo mundo se cuidando,
todo mundo se amando.
seria um grande inferno de prazer ...
não esse falso paraíso da dor.

vício

a imagem vem ao acordar.
ela sente a presença na cama que não se ocupa.
se conforta na ausência.
o dia começa bem com ninguém ao seu lado.

10.2.10

grandeza

ser nada.

encantamento

essa menina me dá postais...
essa menina compartilha,
o mundo que traz.

cuide de você

 levou as  recomendações amorosas ao pé da letra.


"a arte é de viver da fé!
só não se sabe, fé em que?"

perto demais

ou longe demais

seus lábios se movem,
 não pode escutar...
parece silêncio seu falar.

você


  sei, pode fical mal entendido,
duplo sentido.
para mim...
foda-se...
mesmo assim.

7.2.10

natimorto

ou eram assim tão intimos, ela e o monstro.

"algumas delicadezas já nascem escondidas e parecem querer morrer assim. doi imaginar essa fuga de doçuras, doi a responsabilidade de ter que aguçar nossas sensibilidades todas em busca da captura dessas coisas fugidias...
.................................................................
meus resquícios de noções de uma barreira entre o natural e o artificial me deixavam avessa àquilo que eu sabia não ser natural mas que, contudo, apresentava-se como real.
.........................................
 ia de encontro às minhas expectativas de uma arte cada vez mais verdadeira, de um amor cada vez mais verdadeiro.
....................................
no entanto, sabia da pluralidade das verdades e, muito mais que isso, sentia necessidade de continuar se permitindo ser conquistada.
................
a delicadeza da idéia de álguem que se mostra e se protege era o que lhe faltava.
............
e, assim, toda a artificialidade se mostrou natural. pelo menos até o fim da duração daquele momento - que se perpetuava, que se perpetua e que se faz perpetuar..."
- você me protege do que eu quero?




"E então, como é o monstro?
Ele é como nós. Todos somos monstros." L.M.

5.2.10

homo

ou para o diabinho branco

somos todos demônios


"Trata-se de um ser de uma afetividade imensa e instável, que sorri, ri, chora, um ser ansioso e angustiado, um ser gozador, embriagado, estático, violento, furioso, amante, um ser invadido pelo imaginário, um ser que conhece a morte e não pode acreditar nela, um ser que segrega o mito e a magia, um ser possuido pelos espíritos e pelos deuses, um ser que se alimenta de ilusões e quimeras, um ser subjetivo cujas relações com o mundo objetivo são sempre incertas, um ser submetido ao erro, ao devaneio, um ser híbrido que produz a desordem. E como chamamos loucura à conjunção da ilusão, do descometimento, da instabilidade, da incerteza entre real e imaginário, da confusão entre subjetivo e objetivo, do erro, da desordem, somos obrigados a ver o Homo sapiens como Homo demens." Edgard Morin






josé paulo paes

ou novo amor

aporia da vanguarda

nada envelhece tão depressa quanto a novidade.
só o que já nasceu velho é que não envelhece.       


fenomenologia da resignação

1 comigo isso jamais aconteceria.

2 se acontecer, eu sei o que fazer.

3 da próxima vez não vai ser tão fácil.

4 quem já não passou por isso?

pérolas

a vida que disponho é preciosa.
compartilho.

no tempo do tempo
tenho guardado muitos grãos de areia...



"guarde um objeto(pessoa, sentimento?) qualquer. o tempo mostrará o quanto ele( a pessoa, o sentimento?) pode se tornar especial. um grão de areia dentro de uma concha se torna uma pérola."

2.2.10

se renato russo vivesse

ou adolescentes tem seu próprio tempo

respiro bem
tenho meus amigos
ainda preciso de dinheiro
e quero mais carinho
acho que te amava
agora não tenho certeza
são tudo pequenas grandes coisas
e tudo passa o tempo todo...

acho que aos santos,
prefiro os deuses.
não gosto só de meninos e meninas,
gosto de gente.

(blá, blá, blá, thubdu, thubidubiru, thururu...lá, lá, lá....rsrsrrsrsrrsrrsrsrsr... tudo bem desfinado em perfeita harmonia!)

acho que é isso:
 ele morreu de dor e tristeza, poderemos  viver de dor e alegria?


pessoais

ou quem perguntou

o que eu gosto: da vida.
o que eu não gosto: da vida! essa bandida!
um desejo: virar sereia.
pra relaxar: sentir tesão.
um livro: noites brancas.
um lugar: meu corpo.
eu sou: uma deusa.





1.2.10

o silêncio que diz mais


prefiro todo o sentido...
se procuro falar...
é mais pelo vício da palavra.



"Eu gosto do impossível (possível também!) , tenho medo (pouco!) do provável, dou risada do ridículo ( eu sou ridícula... rio de e para quase tudo!), e choro porque tenho vontade (sou chorona!), mas nem sempre tenho motivos. Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança que há por trás dele ( para poucos, faço questão!). Sou inconstante (constante) e talvez imprevisível ( previsível!). Não gosto de rotina ( eu gosto, só prá quebrar vez por outra!). Eu amo de verdade as pessoas para quem eu digo isso ( amo!) e, me irrito de forma inesplicável quando não botam fé em minhas palavras ( eu fico triste!). Nem sempre ponho em prática aquilo que julgo certo ( eu quase nunca faço o que acho errado!). São poucas as pessoas para quem eu me explico (eu também!) " (Robert Nesta Marley e eu)

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