30.5.10

pradoxo I


 me duvido
o tempo todo...


memórias de uma esquizofrênica atriz


A VOZ e
ELA

escrevo por que me penso.
escrevo para me ouvir no teatro.
tudo que escrevo, na maior parte do tempo estou representando.
imagino as falas que as frases escritas dão o mote...
ouço risadas...
meu palco é tragicômico.
é tão cru que assusta, tem vezes um pouco
(quando eu ler amanhã vai parecer torto...)
delírio deleitoso
meu palco é para poucos...
gosto de ver meu corpo
(narcisa sob medida.)
casa-casca-carnal...
sou inteira com o de dentro.
polpa-sumo-canal.
represento o tempo todo...
na palavra
na fala
na imagem.
sempre atuação.



paradoxo

tenho asas...
mas os pés,
estão no chão.


29.5.10

prefiro me explicar

... mas alguma coisa acontece no quando agora em mim...



esquizo


ouvir vozes é normal.
o problema é quando voce responde...


mangue


coração
de lama...
manancial
de amores.



27.5.10

deserto

em duna o melange,
em mim o orgone.
por fora tudo seca,
 por dentro
 muita água.

hipocrisia



























































na minha casa todo mundo fuma...
menos eu!



" na minha casa, todo mundo samba, todo mundo é breque, todo mundo é bamba"...

revolução dos bichos


ou as crises da existência

a primeira crise existêncial que recordo foi aos 9 anos, quando li a revolução dos bichos de george orwell.
fiquei pensativa, sentindo indignação e descrença.
como a história acabava assim?
a grande revolução provocada pelos animais da fazenda terminou, com novos tiranos no poder.
"os porcos são diferentes dos outros animais"...
...foi a primeira vez que tive um tipo de consciência sobre a condição humana.

25.5.10

it

... e eu estava só. sem precisar de ninguém. é difícil porque preciso repartir contigo o que sinto. o mar calmo. mas à espreita e em suspeita. como se tal calma não pudesse durar. algo está sempre por acontecer. o improvisado e fatal me fascina. já entrei contigo em comunicação tão forte que deixei de existir sendo. você tornou-se um eu. é tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. é tão silencioso. como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? dificílimo contar: olhei para você fixamente por uns instantes. tais momentos são meu segredo. houve o que se chama de comunhão perfeita. eu chamo isso de estado agudo de felicidade. estou terrívelmente lúcida e parece que alcanço um plano mais alto de humanidade. ou desumanidade - o it.

24.5.10

inverso

hoje tem agonia...
tem teto preto,
parede preta,
escuro.
tem tristeza e dor.
hoje, tem um buraco enorme
nas paredes desse corpo memória.



id

ida
idade
ideal
idealismo
idealizar
idear
idéia
idem
idêntico
identidade
identificação
identificar
ideograma
ideologia
idílio
idioma
idiomatismo
idiossincrasia
idiota
idiotia
idiotice
idiotismo
idólatra
idolatrar
idolatria
ídolo
idôneo
idos
idoso.

" a sua idiotice, não lhe deixa ver... que eu te amo"...

a hora do cansaço

o movimento sem fim de arrumar a casa, sempre me surpreende.
guardo papéis para lembrar as sensações das coisas que esqueço...
tenho quase certo que foi um professor muito querido que me enviou esse poema do drumond.
tenciono me desfazer dos papéis, livros e pequenos objetos.
meus relicários.
tão difícil me esvaziar das palavras.
desde pequena amo livros.
passava horas na biblioteca pública, nem sempre lendo.
muitas vezes quedava distraida nos detalhes das capas, texturas, cores, títulos.
ainda hoje é assim. há livros que me enfeitiçam.
amar palavras ocas de sentido por vezes cansa.

hoje acordei cansada.


20.5.10

celebração

...quero desejar, antes do fim, para mim e os meus amigos, muito amor e tudo mais, que fiquem sempre jovens e tenham as mãos limpas e aprendam o delírio com coisas reais...


19.5.10

vida


" abra os braços e crie seu mundo"

17.5.10

música

 é hu(A)mor.



sinceramente eu não sei quem dança mais nessa vida.../se os sentimentais, os canalhas ou os canalhas sentimentais./se as histéricas, as inteligentes ou as lindamente burras./eu só acredito nos deuses que dançam,
seja no terreiro, nas núvens ou na pista./não economizem seus calçados, seus pés, suas dobradiças.
nega contigo eu me derreto qual manteiga, porque eu tenho, tú tens, ele tem...

dedo-de-moça


pimentas pareciam flores...
na minha visão.


14.5.10

www

pensei agora,
que existe intimidade
no espaço virtual
da rede de computadores mundial...

12.5.10

com e sem

ummmm sooooooooonnnnnnnhhhhhhoooooooo rrrrrrreeeeeeeeeeallllllllllll...





... mas compreendi, que, além de dois existem mais...

9.5.10

exinterior

lá fora,
 vejo o que é para mim,
lá dentro...

8.5.10

aflição

escrever com prazo é algo assim que me aflige...
fico solta no turbilhão das palavras que se me apresentam 
para dizer do indizível que se quer fazer comunicável...(?)
na rota de fuga... desesperada, corro para um livro da estante.
cilada!
abro a página e a outra diz de mim.
mágica se faz...
vou lendo as palavras que ganham sonoridade...
"corro perigo como toda pessoa que vive,
e a única coisa que me espera
é exatamente o inesperado..."
que o deus venha antes que seja tarde...
pois tenho um prazo!


"um mundo fantástico me rodeia e me é...sou uma fruta roida por um verme. e espero o apocalipse orgásmico...sou em transe. que febre: não consigo parar de viver."

5.5.10

daimons

anacrônicos e absurdos...

na pele

lá fora toda água
da incessante chuva  poderosa,
dizia do milagre de ser quem se era
antes de saber ser-se.


4.5.10

sexo-para-evitar-o-vazio-do-desespero


frívolo arquejo epiderme a epiderme.
a maioria vai para cama, mas não acontece nada...

milágrimas

paixão em mim é feito brisa...
refresca e passa.

quero amor vendaval...
que me carregue
para onde for.



Em caso de dor ponha gelo/Mude o corte de cabelo/Mude como modelo/Vá ao cinema dê um sorriso/Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo/Se amargo foi já ter sido/Troque já esse vestido/Troque o padrão do tecido/Saia do sério deixe os critérios/Siga todos os sentidos/Faça fazer sentido/A cada mil lágrimas sai um milagre

Caso de tristeza vire a mesa/Coma só a sobremesa coma somente a cereja/Jogue para cima faça cena/Cante as rimas de um poema/Sofra penas viva apenas/Sendo só fissura ou loucura/Quem sabe casando cura/Ninguém sabe o que procura/Faça uma novena reze um terço/Caia fora do contexto invente seu endereço/A cada mil lágrimas sai um milagre


Mas se apesar de banal/Chorar for inevitável/Sinta o gosto do sal do sal do sal/Sinta o gosto do sal/Gota a gota, uma a uma/Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre/A cada mil lágrimas sai um milagre

2.5.10

escrever

aproveito a vida.
 me permito a dor,
o tesão, a entrega, o amor.
deve ser algum defeito de
fabricação isso de
fazer o que devo.
mas como a natureza é sábia,
o que não vivo, escrevo.

 

tanto mar

mudar territórios e limites.
expandir-se.

"...me dê vento e vela ou razão prá ficar".

pretensão

despretenciosa:
quer tudo...

... de linguagem

eu sonho com um poema
fruto maduro na tua boca.
um poema que te ame
antes mesmo que saibas seu sentido.
um poema que se prove...



"quando te vi, amei-te já muito antes. nasci para ti antes de haver mundo".

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as definições, as conceituações, me entram, como se diz, por um ouvido e saem pelo outro... sou.