25.5.10

it

... e eu estava só. sem precisar de ninguém. é difícil porque preciso repartir contigo o que sinto. o mar calmo. mas à espreita e em suspeita. como se tal calma não pudesse durar. algo está sempre por acontecer. o improvisado e fatal me fascina. já entrei contigo em comunicação tão forte que deixei de existir sendo. você tornou-se um eu. é tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. é tão silencioso. como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? dificílimo contar: olhei para você fixamente por uns instantes. tais momentos são meu segredo. houve o que se chama de comunhão perfeita. eu chamo isso de estado agudo de felicidade. estou terrívelmente lúcida e parece que alcanço um plano mais alto de humanidade. ou desumanidade - o it.

Um comentário:

Camilla Dias Domingues disse...

o Gil me disse que eu tenho perfil e emocional de escritora, que há algo de destrutivo em mim como que em Clarice, achei a analogia boa, me senti lisonjeada mas nunca chegarei aos pés da Sra. Lispector... acredito que sou parecida contigo e que nós somos parecidas com ela. (rs)

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