ela pensou sobre o amor.
seria posível? no lugar só haviam palavras.
ela mesma falava palavras fechadas, dobradas sobre seu tempo.
era assim que sua audácia a fazia sentir.
cada palavra sua vinha tão carregada de sentido, e ao mesmo tempo era tão hermética, sem a intenção de ser compreendida.
no meio de uma sociedade bestial, da fome, miséria democrática, crises, desastres naturais e todo tipo de indignidade, tudo que importava era encontrar pares de olhos que respirassem toda liberdade que alguém pudesse ter e sentir o aconchego do calor que emana outro corpo.
não sente mais tristeza pela solidão,continua muito emotiva e chora ao ler palavras escritas por um amor que bem poderia ser seu.
há tantas coisas que ela não sabe. sua alegria é intensa por ainda existir muito que descobrir nesse vasto mundo.
depois do choro, sorri e respira profundamente sentindo-se borboleta.
decide então aumentar a profundidade do mergulho.
o que falta em ar se transforma em vastidão de tanto mar.
voa enfim...
20.8.09
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Seguidores
Arquivo do blog
-
▼
2009
(333)
-
▼
agosto
(42)
- agosto
- david lynch
- se alguém perguntar...
- ame [r]
- vai saber
- yalagi
- griffin e sabine
- menino
- menina
- dúvida
- cinema
- leitura
- ruminante
- despedida
- encontros
- o escafandro e a borboleta
- bem
- sobre a alice
- segredo
- arquitetura orgânica
- manjericão
- no ônibus
- manoel de barros
- malandragem
- conhecimento
- cem anos de solidão
- seu amor
- what?
- sereia
- sono
- narcisa
- momento
- dificuldade
- flores na janela
- grilada
- receita
- jogo
- silêncio
- ciúmes
- pergunta
- cena
- origem do amor
-
▼
agosto
(42)
quem sou eu?
- ni
- as definições, as conceituações, me entram, como se diz, por um ouvido e saem pelo outro... sou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário