ou... a experiência de uma erva
ou ainda... caqui e amora
saio eu de casa para comprar o ingresso do show.
resolvo ir de ônibus.
tranquilamente vou me aproximando da parada e todos os ônibus da cidade resolvem passar rapidamente em sequência.
espera...espera...espera...
daqui a pouco vem chegando um cara de meia idade, com um visual anos 70 original...
calça boca de sino(mesmo!) amarela...
uma camisa laranja(modelo 70's)...
óculos escuros enormes(detalhe...já era noite)
e para completar careca (daquelas lustrosas)...
para, fala alto com alguém do ponto de taxi (essa parada fica próxima a um ponto de taxi), e começa a cantar uma canção (que para mim parece um brega que imagino tocar num cabaré bem fuleiro das rocas...)
anda mais um pouco e passa da parada alguns metros...
começa a cantar uma música do roberto carlos... muito massa que fala de um gênio...
ele canta de uma maneira tão animada e ritmada que não contive minha alegria...
vi um ônibus se aproximar e aplaudi calorosamente...
não era meu ônibus...
fiquei na parada com todo mundo que lá estava me olhando...
houve um momento de silêncio...
e uma explosão de gargalhadas!
olhares de cumplicidade pelo compartilhar da cômica situação
pessoas sorriram juntas, de maneira expontânea e subversiva...
cada pessoa compartilhado da alegria por alguns de nós bularmos o convêncional...
eu senti um barato...
senti a vida pulsando em mim...
senti o imenso prazer do inesperado...
a vida é isso...
um inesperado acontecimento
aqui e agora...
sempre
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quem sou eu?
- ni
- as definições, as conceituações, me entram, como se diz, por um ouvido e saem pelo outro... sou.
2 comentários:
Bixo, que vibe louca!
hahahaahhaaha
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, adoro rir com você!
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