o movimento sem fim de arrumar a casa, sempre me surpreende.
guardo papéis para lembrar as sensações das coisas que esqueço...
tenho quase certo que foi um professor muito querido que me enviou esse poema do drumond.
tenciono me desfazer dos papéis, livros e pequenos objetos.
meus relicários.
tão difícil me esvaziar das palavras.
desde pequena amo livros.
passava horas na biblioteca pública, nem sempre lendo.
muitas vezes quedava distraida nos detalhes das capas, texturas, cores, títulos.
ainda hoje é assim. há livros que me enfeitiçam.
amar palavras ocas de sentido por vezes cansa.
hoje acordei cansada.