30.4.10

verborragia

quando é preciso calar...
quando é preciso mentir...
ela só fala o que sente.
o silêncio se aprende?

29.4.10

27.4.10

potência

cantando para meu filho dormir, veio novamente o insight sobre a maternidade.
foi tão forte o ser mãe em mim que desestruturei, rui, reconstrui.
foi tão intenso que deprimi.
morri.
ressurgi.
parece que vou explodir em cada dia.
as emoções todas intensas.
não tem um dia amorfo, inodoro.
tudo tem gosto, dói, dá prazer, machuca e cura.




"provo............que a mais alta expressão da dor...........consiste essencialmente na alegria. " 

experimentadora

o contato e a vivência,
são referênciais da minha percepção.
aprecio, interajo...
me aproprio do que me fala e
se apropria de mim o que me cala...
em outras palavras...
experimento o risco.


caixa preta

 não tinha a mínima idéia, de que dia era hoje...
havia perdido a memória.


25.4.10

a moça louca por mel

o corpo não se engana
no corpo do outro que ama
jorra uma fonte de mel...

18.4.10

teimosia

 

ou o poema que foi apagado
 
a poesia ficou velha...
ficou velho todo poema.
as palavras se engolem.
os sentimentos se guardam.
a coisa toda, nunca para...
 a coisa farfalha, grune, gargalha.


 

13.4.10

carona

sabe tiro que sai pela culatra?
foi a carona que ela pegou naquele dia.
por outros caminhos, viu a cidade.
andou por outras ruas.
no entardecer sentiu sua cidade pulsar.
grande, cheia de luzes, com muitos carros...
desceu longe da parada do ônibus.
andou mais do que havia planejado.
sentiu-se bem.
seus sentidos viram beleza no caos.

11.4.10

jogo

se isso...
se aquilo...
 se nada disso...
se tudo daquilo...
sempre acontece um golpe da sorte...
para gente ganhar esse jogo de azar.

constatação

ou dúvida cruel


ando sentindo
 vida
dentro de mim...
será que morri e ainda não sei?

passado

um segredo

[continuava tratando como se amasse...]
- e amo.
-só não te amo mais.
-sabe ler nas entrelinhas?
[cochichando com sorriso de esfinge] diz:  - o coração é um labirinto... tem gente que se perde, e nunca sai.

a dobra

no enigma o encanto...
na dobra do mistério
a vida toma forma.


8.4.10

engano

você reverbera em mim
ainda e sempre
apenas, não faço mais alarde...
é segredo meu.

chuva

quiz chover palavras de voz,
como não deu...
chovo, agora, em sinais
\

estalo

ou pathouly

...
 o peito se abriu
 exalando um cheiro ...
sentiu.
imediatamente, surgiram ramos
 que se espalharam
e tudo floriu.
...


carta

...
era o tempo da abertura.
...


"...quando o inverno chegar..."

7.4.10

perdoar é resistir a crueldade do mundo

duas pessoas podem ir ao encontro uma da outra,
falar-se e estar lado a lado, mas serão sempre como flores de arvores diferentes...
podem trocar seus cheiros pelo sabor do vento que vai como e para onde quer.
vive-se a vida ao acaso dos ventos.
não falta beleza, muito menos liberdade.
e só.
há que se perdoar esse capricho da existência.



disfarce

por um minuto, o provável
ou inesperado.
por um minuto foi...


5.4.10

fotografia

imagem na retina
dos outros
é refresco...


wild thing

"...you make my heart sing
you make everything groovy
wild thing
i think you move me..."



4.4.10

realidade

não dá prá viver
o tempo todo
no presente
é preciso olhar para trás
e para frente.

encruzilhada

na dúvida,
melhor ficar
parada.


"sou fio da véia... eu não pego nada... a véia tem força na encruzilhada..."

3.4.10

textura

minha língua
não para
de sentir
a tua.


a música mais triste do mundo

"ouço música quando olho para você.
um lindo tema de cada sonho que já tive,
no fundo do meu coração a ouço tocar
a sinto começar e depois desvanecer
ouço música quando toco sua mão.
uma linda melodia de um mundo encantado
bem no fundo do meu coração ouço dizer:
será hoje o grande dia?
somente eu ouvi esta linda melodia.
somente eu ouvi este lindo refrão.
estará para sempre dentro de mim?
por que não posso dizer que não?
por que não consigo esquecê-la?
por que não consigo cantar o que meu coração sente?
uma linda melodia de amor, beleza e juventude.
a música é doce, as palavras são sinceras.
a canção é você!"


2.4.10

árvore geneálogica

ou catimbó

da mãe
nascida nas brenhas da caatinga,
de mãe índia e pai com nome judeu.

do pai
maranhense,
de mãe bugre e pai negro com olhos azuis.

de si
uma híbrida intuitiva
que pratica feitiçaria,
mesmo sem saber.



antes que seja tarde

ou crime e castigo

cada vez que sentia aquele desejo intenso de matar, era por
achar desumana a condição extrema de despertar pena...
matava.
quem teria pena de quem mata?
em cada vítima da vida, um brilho de gratidão.
colecionava os olhares.
gostava mais de ser, então.



" Humanidade crápula, que se adapta a tudo. Pôs-se a meditar: "e se for falso", exclamou depressa, involuntariamente, " e se o homem não for, realmente, um crápula, quer dizer, se ele não o é, de modo geral? Então, é porque tudo o mais são preconceitos, receios vãos e não se deve parar diante do quer que seja." Agir, eis o que é preciso" 

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