3. quando se passa a exaltação, fico reduzido à mais simples filosofia: a da resistência (dimensão natural dos verdadeiros cansaços). Suporto sem me acomodar, persisto sem me endurecer: sempre perturbado, nunca desencorajado; sou uma boneca Daruma, um poussah sem pernas em que se dão vários petelecos, mas que finalmente retoma seu prumo, graças a uma quilha interior (mas qual é minha quilha? A força do amor?). É o que diz um poema popular que acompanha essas bonecas japonesas:
“Assim é a vida
Cair sete vezes
E se levantar oito.”