31.3.09

pequenos tesouros - II

" no fim tudo acaba se resumindo em amor e medo.......
o amor é o que mantém as coisas em movimento, e por isso elas ficam juntas. o medo é o que faz as coisas ficarem tão paradas que se despedaçam. e as vezes a gente pode ter as duas coisas dentro, empurrando e puxando e é nessas horas que a gente chora ou ri..."

visitando tim hunter, despertando para a magia que mantém o mundo coeso...
homenagem a neil gaiman e sua obra amada por mim

19.3.09

atrevida

ou as rosas não falam...















"Descobri que servia era pra aquilo:
Ter orgasmo com a vida e com a arte."

os delírios são reais

visitando manoel de barros



16.3.09

alívio


hoje me sinto assim, fazendo uma faxina que tem se prorrogado por tempo demais.

fico relativizando o que não se deve relativizar.

"nada é o que parece/tudo é o que é"(luiz poeta)

de hoje em diante quero reciprocidade!

se não tiver, tô fora.

sem dor, sem culpa, sem rancor.

apenas não quero mais!

13.3.09

esquizofrenética

envelheci um ano a cada dia

(você me fez envelhecer)

você me fez cair outra vez na mesma armadilha

(cai outra vez na minha armadilha)

andando entre cacos me sinto em pedaços

(tenho me sentido mais inteira que nunca)

ainda não sei dizer se está tudo acabado

(acabou sim, eu sinto)

só não troquei minha boca fechada

(dei-me inteira)

pelas suas palavras vazias

visitando zero

terapeutizar demais...

deixa vozes ecoando o tempo todo

quando mínimo duas

quando máximo legião

quero o silêncio zen da ação

sentir pelo corpo sem muita explicação

12.3.09

pequenos tesouros - I

bricouler me torno mais viva
junto coisas que não formam um tudo...

são fragmentos de fragmentos
possibilidades de um todo...

"ledos enganos, meras referências"

visitando flávio ulhoa coelho

8.3.09

mulher

mero incidente...


corriqueiro...


ser mulher


a vida inteira...

minha natureza

é mais que estampa


é um belo samba


que ainda está por vir


6.3.09



Mas as sereias têm uma arma

muito mais terrível que seu canto..

O seu silêncio.

Franz Kafka

livro

primeiro, o amor * depois, o desencanto (e o resto de nossas vidas)


não olho mais para as coisas do mesmo jeito...

houve um tempo que esperava pelo melhor...

(o melhor acontece sempre)

então o pior aconteceu...

(papo furado)

não me surpreenderei outra vez...

(vivo me surpreendendo)

5.3.09

uma hora o amor me cederá um lugar...


me ensina esse segredo
de abrir despenhadeiros
e permanecer ileso...




visitando luiz gadelha

2.3.09

uma social

no lugar da revolta
só ficou uma sombra
talvez projeção...
em mim
só ficou o tesão
de existir.

1.3.09

sociedade dos infelizes anônimos

proteger-se
gera
perigo de colisão
alimenta o medo
aqui-agora
necessidade de proteção
nenhuma inibição
È apenas inibição

cosmos e átomos


não há mistério na dita força universal e eterna.

é igual e a mesma que te habita entre as pernas.

sobre o diálogo

ou... sociedade dos infelizes anônimos

"o trágico esta todo ele na presença do incomunicável"

a lembrança de uma conversa

ou filho

sempre pensei em não procriar...
em ser uma árvore sem sementes, sem frutos (desse tipo)
um grande amigo foi pai duas vezes
e numa conversa me falou que se soubesse que era tão bom
teria sido pai mais cedo

lembro-me de ter-lhe escrito uma carta tempos depois,
falando sobre alguns cuidados que deveriamos ter
"quando brincavamos de ser deuses"
no meu ver muitas pessoas reproduzem para tentar compensar alguma coisa
dizia do respeito que se deve ter pela individualidade de quem se gera
posto ter sido essa a maior dificuldade em manter uma boa relação com meu pai
ele nunca aceitou e respeitou minhas escolhas...
já minha mãe mesmo em discordância sempre respeitou a pessoa que fui me tornando

bem, deixei o medo em alguma curva do caminho
tinha medo de lidar com as expectativas em relação a reprodução...
pois era assim que sentia...
não vou "reproduzir essa neurose"

não foi fácil chegar a essa decisão
passei por uma fase de "baixa energética"
passei por conflitos fortes
mas eles passaram
e eu fiquei
e hoje sou mãe


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